quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Linda SMS

Finalmente recebi a noticia que aguardava há algum tempo, um SMS do Mestre Duarte "A máquina já chegou, mas ainda não a vi ..." depois de várias dezenas de email´s com o amigo José Maria Romero o novo secador de pólen já faz parte da nossa panóplia apícola.
Gabo a paciência ao José Maria, ia sempre tudo escrito meio Portunhol meio Espanholes, no entanto com a boa vontade mútua lá nos conseguimos entender, e, negócio feito.
Que este ano apícola seja rico na floração, que as colmeias estejam fortes, populosas, dedicadas e as abelhas no mais alto estado de vigor físico, com vontade de recolher o nutritivo pólen.
Está na hora de meter o outro, o velho secador feito artesanalmente de lado, e colocar o novo, o profissional e homologado no seu lugar a funcionar.
Tão depressa não o irei ver, para desaire meu não poderei pôr nenhuma foto tirada por mim, mas é uma máquina igual a esta.


(Foto de José Maria)

Para dar vazão à nova aquisição e ajudar a subir a conta da luz, vamos ter de adquirir mais uns quantos capta-pólen, uma dúzia deve chegar, não conto ter a máquina parada muito tempo.
Ao amigo José Maria, em breve terás mais noticias minhas, tens aí uns outros materiais que ficam bem e a condizer, tenho uns espaços livres que precisam de ser ocupados.
Por falar em Pólen, ainda não tomei hoje a minha dose diária, vai ser já a seguir a publicar.

domingo, fevereiro 22, 2009

Loque

Pelo que consta vamos ter um ano apícola muito mas muito difícil e complicado, soa pela voz popular a terrível noticia da infestação pela Loque (doença de declaração obrigatória) de algumas colmeias.
O assunto já é preocupante em si, mas se nada for feito mais preocupante se torna ainda.
Já chega de tapar o sol com a peneira com as zonas controladas e palavras soltas ao vento escritas num papel, as quais ninguém consegue saber ao certo a que bom porto poderão atracar, contudo temos a sorte de ter um ministério da agricultura e das pescas que para além de taxar impostos e divagar bem (devagar) nada mais faz.
Além de pensar em mim sobre este problema, reflicto nos pequenos agricultores que possuem uma mão de colmeias, das quais extraem o saboroso mel de uma forma artesanal e com sapiência que diria como ancestral, Senhor Ministro ou a quem de direito, tire o cu balofo da cadeira e atue no terreno, convêm fazer chegar a informação a quem pouco mais sabe que assinar o nome, mas sabem muito mais de humanidade e de vida que Vossa Exelencia.
Parece um grito de revolta, mas é só um desabafo, a situação já é má para os pequenos apicultores, se os tratarem com indiferença a sua actividade pode mesmo ser erradicada, e no sitio onde outrora existiam belas colmeias passara e ser um amontoado de mato e silvas.
Tento e sempre que posso divulgar informação de boas práticas por quem não as sabe por nunca ter ouvido nelas falar.
A Loque é altamente contagiosa, ataca as abelhas na criação, o material apícola utilizado deve ser sempre desinfectado de apiário para apiário, as luvas e escova desinfectadas com álcool, o levanta quadros pode ser colocado dentro do fulmigador ainda aceso e claro se uma colmeia estiver com Loque o melhor é mesmo não poupar nos materiais, convêm queimar.
Que este mal nunca me bata a porta, e se por acaso lha abrir, seria um desalento de fal forma, que prefiro acabar o texto com reticencias...

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Quadros

Meter os arames nos quadros pode considerar-se uma actividade apícola de inverno, é moroso e em demasia tornasse aborrecida.
Os arames entram nos orifícios feitos nas laterais que a posterior serão amarrados e ficaram seguros com um nó, a cera moldada ficará segura e soldada com um pouco de cera cera derretida.
Tem de estar tudo na perfeição, vai ser ai que as abelhas efectuaram o seu serviço e viverão, convém que estejam o mais confortável possível.
Na ilustração temos quadros de ninho, são quadros com dimensões superiores a das meias alças.
O Mestre Duarte vê uma certa piada a estar a meter os arames, ele gosta, eu, prefiro deixar essa tarefa para quem tenha gosto.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Cera de Abelha

Cera em bruto, é desta forma que a primeira purificação da cera é feita, numa panela sobre o lume e bastante água limpa, fica a ferver, tudo o que não é cera deposita-se no fundo, o resto, aquilo que queremos aproveitar vem ao cimo, ao arrefecer fica em forma de queijo tamanho XL.
A cera é formada por uma glândula especial que está nas abelhas, para cada quilo de cera são precisos em média oito quilos de mel
A temperatura da água convém ser elevada, desta forma elimina-se certas bactérias que podem dizimar futuras colmeias e até mesmo apiários inteiros.
Tudo é recuperável, a matéria em bruto pode ser depois novamente moldada e recolocada nas colmeias
O odor libertado é uma fragrância natural, é algo ímpar, agradável de sentir, mesmo quando em quantidades de tipo industrial.
Sei e é de conhecimento geral de que a cera tens muitos benefícios, para alem de ser aproveitada para se fazerem velas, a indústria da cosmética utiliza-a para o fabrico de certos produtos.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Nova edição "O Apicultor" Nº63

Recebi hoje a nova edição da revista O Apicultor, junto vinha um anexo para renovar a assinatura, eu bem sabia que tinha algo pendente e não me lembrava do que era.
A época não é propicia para me lembrar de tudo, a escola, as abelhas a carga horária laboral, enfim, algo tinha de ficar para traz, amanha mesmo trato da renovação.
Fiquei contente claro que fiquei, folheei, e vi logo três artigos que me deslumbrou o olhar, dois do Mestre Pifano, um deles já tinha lido no seu Monte do Mel, e outro sobre o Pólen, assunto que estou profundamente interessado.
Além dos parabéns pela nova e excelente edição peço desde já as minhas desculpas à editora pela minha falha na renovação da assinatura.
Um muito obrigado à Revista pela confiança prestada.
Grato, Mário.

domingo, fevereiro 08, 2009

Fim de semana Apícola

Mais um fim de semana apícola, o alerta estava amarelo mas ainda bem que não passou disso, no meio de muitas actividades o trabalho ficou completo e perfeito.
Foi preciso substituir muitos estrados que já se encontravam em estado deplorável, algumas caixas que já tinham as laterais empenadas, e subir umas vigas de apoio às colmeias que, com o tempo e as chuvas se afundaram, a dois tudo foi muito mais fácil.
Tinhamos sempre abelhas a guardar-nos, parece que nos observavam e sabiam que estávamos a zelar por elas.
Derreter as ceras e fazer aquele típico formato de queijo das ilhas, meter arames nos quadros para à posterior lhes ser colocada a cera moldada, tudo isto são tarefas que demoram o seu tempo e requerem a sua arte e sabedoria, eu e o Mestre Duarte para além de abelhas falávamos de tudo, quando demos por nós a conversa parecia estar sempre a meio, mas o tempo passava e o sol já a esconder abria o apetite para recolher para junto do quentinho da lareira, só o fizemos quando terminada a actividade no terreno.
A Natália parece mais entusiasmada com as meninas, tirou algumas fotos, e com mais sorte que eu foi em período de sol.
A viagem de regresso foi com mais uma colmeia na mala, desta vez e devido ao clima tive de vir com cuidado redobrado o que gerou chegar ao apiário já de noite e bem escuro, pousei a colmeia e regressei a casa, em breve irei ver como se estão a comportar.



Foto by Natália