sexta-feira, outubro 15, 2010

Em nome do mel

Cada frase que leio, mais me faz gostar das abelhas, é um livro bastante interessante, vai ao encontro daquilo que já sabemos, e reforça-o, tem umas ilustrações tipo medieval, mas bem instruidoras.
O autor descreve a apicultura desde os primórdios até aos dias de hoje.


É bom ter um aniversario pelo menos uma vez por ano.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Foram as vespas

As malditas vespas.
Senti logo e fiquei alertado mal entrei no apiário, o cheiro a mel era intenso,  notava-se em toda aquela zona, mas além de interrogado, pois não é normal nesta altura do ano, fiquei boquiaberto quando me aproximei das colmeias e vi serrim de cera que saía de uma das colmeias, sem saber muito o porquê, ainda demorei uns momentos para digerir toda aquela informação negativa.


Quando me coloquei de frente para a colmeia, vi entrar e sair umas quantas vespas, caíram-me os (tin tins) ao chão, para avaliar melhor a situação da colmeia mandei uma palmada forte de mão aberto sobre o telhado em chapa zinco, em que saíram logo mais umas dez vespas, acendi o fumigador e quando das bufaradas de valente fumo para o interior da colmeia, as vespas continuavam a sair aleatoriamente. Na tábua de voo vi algumas abelhas cortadas ao meio pela zona do abdómen, fiquei a arder de pura raiva.



Quando abri a colmeia no seu interior ainda estavam mais umas 30 vespas, e pouco mais ou menos que uma centena de abelhas, que não sei se eram daquele enxame residente ou se estavam na pilhagem, todos os quadros, eles desoperculados e ratados, sem qualquer pinga de mel, nem pólen e sem criação, as vespas tinham tirado partido e feito a sua vingança para com a minha pessoa.


No 1º ano tive problemas com as formigas, consegui contorna-lo sem afectar o habitat de ambos, no 2º ano foi a traça a dar problemas, perdi  quatro colónias, este ano foi com as indesejadas vespas, mas estas vão dançar no chão ao som da chama de um belo e magnifico maçarico, por este andar com a dimensão do invasor a crescer, espero que para o ano que vem não encontre elefantes a fx#%&#-me o apiário.


Podia ter previsto, pois podia, podia ter reduzido a entrada das colmeias logo nas primeiras chuvadas, pois podia, podia ter batido a zona em busca de vespeiros, podia...


Com a crise de apertar o cinto sempre presente, com o aumento dos combustíveis, com o estilo de vida que se perde, com as decisões a prioridades que tomamos, as visitas ao apiário serão com certeza cada vez mais espaçadas, tentando efectuar tarefas acumuladas, sem desperdiçar tempo, nem deixar afazeres pendentes.

Toda esta tragédia foi com um intervalo de uma semana e meia, altura do 1º tratamento da varroa.

Pela quantidade de vespas malditas que vi e consegui matar, haverá com certeza uma meia dúzia de vespeiros, ou mais.


As outras colmeias estão agora com a entrada reduzida, o meu pensamento é dominado pela fúria, em que só acalmo quando me visualizo com o maçarico na mão.