terça-feira, abril 21, 2009

Grande Plano


(Foto by Google.us)

Comportamentos

Já várias vezes tinha assistido a este comportamento, mas nunca o tinha registado.
Algumas abelhas à entrada da colmeia, com o abdómen todo virado para cima e as asas num bater frenético e com uma pujança invulgar, o movimento é de tal ordem rápido que até lhes causa o desequilíbro, ficam estáticas viradas para a entrada da colmeia com o turbo ligado, toquei-lhes e pareciam não se incomodar.
Poderia dizer que estavam a comunicar com as que estavam fora, que ali era a nova casa, ou podiam estar a evitar que as de dentro saíssem.
Fiquei bastante intrigado, peço a quem saiba ou desconfie que comente.
Obrigado.

Bis

Quando o telemóvel toca e o posso atender costumam ser sempre boas noticias, e desta vez não fugiu à regra, um novo enxame apareceu no local e não é dos meus, diz a sabedoria popular que quando os enxames saem vão em direcção ao nascente. Pois além de uma vista rápida pelas colmeias, tudo estava populoso, e o enxame estava na direcção do poente, mas pronto já está num núcleo e isso é o que importa, deve de haver mais abelhas lá pela zona e tal ...
O Sr. Manuel gostou de o apanhar para um cortiço, só tive de o meter no núcleo. O local além de ser bom na flora dá também abelhas," :) " é um sítio a preservar.

sexta-feira, abril 17, 2009

Anda de lá Sol

No apiário principal o Mestre-Duarte prepara-se para a primeira colecta de pólen, mas o tempo não está nada favorável, vento, frio, chuva, irra que já chega, neve na Páscoa?! Onde é que isto já se viu? O clima está tão alterado, que qualquer dia tenho de pôr as colmeias dentro de estufas!

Finalmente vi o secador de pólen, é todo porreiro, após o ligar carreguei logo nos botões todos para descobrir as funções, entendi-me bem com ele, só me falta a função do temporizador, o Fernando no seu silêncio perguntava o porquê de não ler as instruções.

Que a intempérie de Abril acabe depressa, que o sol raie os campos, e que o gado do vento zuna nas encostas.

Depois da Ferradela a Paixão

Madalena, cinco anos, e já tem um apiário, (pelo menos no papel).
Depois de visitar o meu apiário, levando uma Ferradela nesse dia, ganhou um pouco mais de confiança com as abelhas, já em casa, desenhou o que lhe ia na alma, e disse à mãe para mandar para o Ti-Mário.
Na família tens muitas abelhas, mas tinhas de engraçar com as minhas, sou um Tio babado, pois espero que não percas, e redobres a vontade do conhecimento para com elas, para em breve poder ajudar-te com todo o meu gosto na tua própria cresta.


(By Madalena)*****

Apiário do Primo Manel

O primo Manel, aficionado pelas ferradelas, é daqueles que pouco se importa, desde que não inche...
Foi desenvolvendo ás suas custas a técnica de desdobramento, e de duas colmeias dadas pelo Mestre Duarte criou o seu próprio apiário, conseguimos convence-lo a recolher algum pólen, já colocou dois capta pólen á espera de dias secos para fazer depois a colecta.
Queríamos ver a nova Abelholândia, "É lá depois da (tal) curva", disse ele, maldita curva, galgamos e galgamos montes e o apiário não aparecia, abelhas nem vê-las, nem com dois batedores locais conseguíamos dar com aquilo, o Zé dizia "Deve de ser ali, aquele terreno também é dele", até que por fim o Fernando lhes viu os telhados, mais um pouco e desistíamos.
O local é tranquilo, longe de olhares, água e flora abundante, resguardado dos ventos, é um lugar prometedor.
Primo Manel, venha de lá esse Mel!

sexta-feira, abril 03, 2009

"Quero ter asas para não voar"

Tu que voas com destino

produzes com maestria
cuidas da tua cria
quando avisas causas pavor
quando ferras uma certa dor
uma incógnita o processo
e eu não sei responder
oxalá tivesse regresso
e não te ver morrer

tu que voas com destino
e quando aguardo o teu voltar
carregada de néctar ou pólen
adoro ver-te pousar
comunicas com as asas
tudo o que é essencial
alguns zuns já eu entendo
pena é não te poder falar
quero ter um par de asas!
mas não é para voar
é para que vejas que sou amigo
e contigo dialogar

tu que voas com destino
poisada tens o mesmo tino
arquitecta de nascença
o escuro não te incomoda
com milénios de existência
e nem assim passas de moda
teu pijama iguala o sol
nem o tiras para trabalhar
com as riscas cor da terra
fica-te bem ao voar
és música nos meus ouvidos
gosto de te ouvir cantar
dás-me um doce no paladar
fera, continua a voar
nasces livre mas com regras
nada tens a temer
fazes jus tua justiça
és guerreira até morrer

Tu, que voas, com destino...

quarta-feira, abril 01, 2009

Transferência

Já vai sendo habito aparecer em publico com a cara desfigurada, (como se eu me importasse) a causa é as ferradelas das assanhadas e turbinadas abelhas, ou é uma orelha maior que a outra, ou o nariz tamanho batata, ou é as vistas inchadas, ou cabeça cheia de altos, e só estou a falar da zona da cabeça. Quem me conhece e sabe que tenho abelhas, solta sempre a piadinha do costume, quem ainda não tem confiança para tal, simplesmente liberta um sorriso, o que acho mais engraçado é com os desconhecidos, que num flash-back redobram o olhar (imagino o que lhes vai no pensamento).

Combinei com o Sr. Manuel bem cedo para mudarmos as abelhas do cortiço para uma colmeia, cheguei atrasado ao apiário, o Sr. Manuel teve que ir embora, tive então que fazer a transferência sozinho, mas com a ajuda do fumigador foi tudo fácil.

Aproveitei que ali estava e foi mais uma meia-alça colocada numa colmeia, numa outra coloquei então um extractor de própolis. De resto, tudo normal e a frenética actividade do costume. Esqueci-me de fazer o registo da temperatura, mas estava ameno, as ferradelas, bem, essas foram quatro, o que muito contribui para o descrito no inicio do post.
Quando cheguei a casa besuntei-me com uma pomada que a Natália amavelmente comprou numa farmácia.