segunda-feira, março 30, 2009

Novo, enxame, novo

A caminho do trabalho para mais um fatigante e rotineiro turno, o colega Victor fazia tocar o meu telemóvel, a noticia era que tinha saído um enxame, senti alguma pena e desaire, pois não o poderia apanhar, a não ser que ainda lá estivesse no dia seguinte, simplesmente tudo se inverteu, ele ficou disposto a assegurar-me o serviço, eu que fosse descansado e que apanhasse as feras, o seu pai Sr. Manuel, tinha já um cortiço restaurado e pronto para ser utilizado, inverti a marcha e busquei uma estrada mais directa.
Já no local aquela barba de abelhas poisada na sombra de uma ameixoeira que facilmente as coloquei dentro do cortiço com a ajuda de um banco, uma serra e umas sacudidelas, uma ferradela mesmo na ponta do nariz, foi o cumprimento do dia, senti uma dor aguda e intensa, por ter as mãos ocupadas demorei a retirar o ferrão, devo de ter absorvido toda aquela porção de apitoxina. Minha bela guerreira, bem sei que faleceste no comprimento do dever, o certo é que não te livraste de uns quantos nomes impróprios causados pela reacção do momento.
As feras rapidamente e sem cerimonias aceitaram o novo lar, vivem agora de novo naquele belo complexo habitacional, aquele belo conjunto de moradias de madeira multicolor, a rapidez da actuação foi tanta que devo de ter tirado a fuligem do cano de escape, e a chegada ao posto de trabalho teve apenas quinze minutos de atraso, foi o primeiro enxame do ano, é de tamanho médio, mas abelhas são sempre abelhas.





Um comentário:

montedomel disse...

Finalmente Mário !!!
Parabéns
O ano passado, o meu 1º enxame viajou dentro da máscara do equipamento, não tinha mais nada à mão...
...mas não trazia a máscara colocada :-)
este ano ainda não me "estreei"
JPifano